Financiamento público de campanha, coligação
proporcional, fidelidade partidária, voto proporcional, aumento da cota de
participação feminina para 50% são alguns dos pontos defendidos pelo Partido
dos Trabalhadores (PT) no projeto de reforma política que tramita no Congresso
Nacional e que foi tema da palestra do ex-ministro José Dirceu, em Belém, na
noite da sexta-feira, 27 de maio, no hotel Sagres.
O vice-presidente da Câmara
Municipal de Belém (CMB), vereador Adalberto Aguiar (PT) prestigiou o evento.
Segundo José Dirceu, devido o tema ser extremamente
polêmico, dificilmente esse projeto entrará em pauta este ano. Ou seja, não há
tempo hábil para que os novos pontos da reforma política sejam aplicados às
eleições de 2012. Dirceu afirmou que a reforma interessa e beneficia o PT e
demais partidos de esquerda, sobretudo no que se refere ao financiamento de
público de campanha.
“No sistema atual, de financiamento privado de
campanha, o poder econômico é decisivo. Atualmente, 257 deputados federais são
empresários”, diz José Dirceu. Outra polêmica é quanto à reeleição.
Dirceu informou que os partidos da direita querem aumentar o mandato de quatro para cinco anos e acabar com a reeleição.
Dirceu informou que os partidos da direita querem aumentar o mandato de quatro para cinco anos e acabar com a reeleição.
Na avaliação do ex-ministro, a intenção é
atingir o atual governo federal, ou seja, uma tentativa de impedir uma possível
reeleição da presidenta Dilma Rousseff. “Eles aprovaram a reeleição durante o ciclo
deles e agora querem nos atingir”.
Para Adalberto Aguiar, o mais importante dessa
reforma é a possibilidade de redemocratizar não somente o processo eleitoral,
mas o Estado Nação.
“O PT é um dos responsáveis pela democratização política do
Brasil, alguns anos antes, era impensável termos trabalhadores legislando ou um
operário na presidência do País, por isso temos que lutar para ter na reforma
política os pontos defendidos pelo nosso partido”.
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