A Centrais
Elétricas do Pará (Celpa) entrou ontem, 28, no Tribunal de Justiça do Estado
(TJE) com pedido de recuperação judicial, que é a mesma coisa que concordata na
nova lei de falência.
Quatorze
anos atrás quando a Celpa foi privatizada, já avisávamos que isso iria
acontecer, que serviços essenciais, como energia, deve ser de responsabilidade
do Estado.
Mas o
governo do Estado, à época, com o discurso de que a tarifa iria baixar e o
serviço seria universalizado, realizou o leilão da então estatal em 9 de julho
de 1998.
Agora vejam
o que aconteceu, uma empresa privada veio, aumentou a tarifa, piorou os
serviços, não investiu no sistema, enviou dinheiro arrecadado aqui no Pará a
outras empresas do grupo, demitiu trabalhadores e sindicalistas, inclusive eu,
que era dirigente do Sindicato dos Urbanitários do Pará, e agora pediu
concordata.
Neste
cenário, fazemos coro com o Sindicato dos Urbanitários, defendemos a
federalização/reestatização da Celpa. A solução para não deixar o Pará no
escuro é fazer a Eletrobras assumir a Celpa, pois já detém 34,54% das ações.
Por isso,
coloco nosso mandato à disposição da luta pela federalização/reestatização da
Celpa, pois avaliamos que se trata de um serviço essencial à vida e ao
desenvolvimento do Estado do Pará.