Em assembleias realizadas hoje (18), os trabalhadores da Eletronorte decidiram paralisar os trabalhos nos dias 20, 21 e 22 de julho, quarta, quinta e sexta-feira desta semana. A paralisação dos eletricitários é em protesto contra a suspensão das negociações de data-base pela direção da Eletrobrás. O protesto é nacional, envolve 14 empresas do setor elétrico. No Pará, as assembleias que decidiram pela adesão à paralisação foram realizadas pelo Sindicato dos Urbanitários do Pará em Altamira, Tucuruí, Curuá-Una, Belém (Guamá e Miramar) e Vila do Conde.
As negociações da pauta nacional de reivindicação acontecem entre o Comando Nacional dos Eletricitários, entidade coordenada pela Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e a direção da holding Eletrobrás. Em junho, após três reuniões de negociação, a comissão de negociação da empresa decidiu encerrar o debate. Devido à pressão dos trabalhadores, foi agendada uma nova reunião, que aconteceria nos dias 12 e 13 de julho, mas que também foi suspensa pela Eletrobrás.
As principais reivindicações dos eletricitários referem-se à aumento real, abono e reajuste salarial, manutenção do acordo coletivo e aumento no valor dos tíquetes-alimentação. Segundo o presidente do Sindicato dos Urbanitários do Pará, Ronaldo Romeiro Cardoso, se a empresa não reabrir o canal de negociação ainda este mês, a categoria vai entrar em greve por tempo indeterminado a partir de agosto.
Há ainda a pauta específica, negociada entre a Intersindical Norte (Sindinorte), entidade da qual o Sindicato dos Urbanitários faz parte, e a direção da Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte), cuja segunda rodada de negociação está marcada para o dia 27 de julho.
