Desde ontem que a novela mexicana criada pelo Prefeito de Belém Duciomar Costa começou a ser escrita. Com muitas horas de duração as sessões extraordinárias já se estendem para o terceiro dia amanhã. Manifestantes da Cosanpa, Sefin, Ctbel, sindicato dos Urbanitários, estudantes e parlamentares saíram revoltados da sessão que por falta de quórum foi transferida para hoje.
Vereadores que mantinham interesse de que o projeto passasse pela votação na Câmara Municipal de Belém não compareceram ao plenário. A estratégia vem dando certo como mostra a decisão do Presidente da Câmara Walter Arbage que apoia-se no regimento interno para transferir mais uma vez a votação.
Para Adalberto Aguiar a posição dos vereadores aliados ao Prefeito é preocupante. “Todos nós fomos eleitos pelo povo e trabalhamos em prol deles, votar favorável um projeto como este é dar um tiro no pé e prejudicar a si mesmo”, afirmou o vereador.
Hoje, a sessão começou tímida a partir da 9h. tudo levava a crer que o episódio da privatização chegaria ao fim. Totalizando cerca de 22 parlamentares logo no início, a sessão foi conduzida para o pronunciamento de todos os presentes.
Estratégia, regimento ou coincidência aconteceu o que se previa, a sessão mais uma vez foi adiada para o outro dia. Porém antes de ser declarada a decisão pelo Presidente da CMB Walter Arbage, o mesmo leu um documento em que o Prefeito Duciomar Costa solicitava a retirada do projeto de lei de número 8.628 que revoga a lei que permite o serviço de água da Cosanpa, ou seja um convênio de cooperação federativa .
Ao ouvir o pronunciamento a imprensa e manifestantes comemoravam, acreditando ter chegado ao fim o drama da privatização. Porém isto não passou de uma estratégia do Prefeito para ganhar tempo e desgastar a manifestação dos funcionários que protestavam contra a privatização.
“Não adianta quanto tempo teremos que lutar, estaremos firmes em nossa decisão, a privatização é um ônus para o povo e eu não vou permitir que isto aconteça, a população não precisa sofrer pela ganância de parlamentares vendidos”, finalizou Adalberto.