quarta-feira, 29 de junho de 2011

Audiência pública sobre transporte de Mosqueiro propõe CPI da CTBel


Os problemas enfrentados pelos moradores de Mosqueiro para se deslocarem dentro e fora da Ilha foram tema de audiência pública na terça-feira, 28, presidida pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Belém, vereador Adalberto Aguiar (PT). Uma das conclusões do debate é que a Companhia de Transporte de Belém (CTBel) não tem condições de fiscalizar a prestação do serviço de transporte na Ilha. Por isso, o vereador Augusto Pantoja (PPS) propôs durante a audiência pública que seja aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar irregularidades na Companhia de Transporte de Belém (CTBel) e as condições do processo de contratação da empresa de transporte pela PMB para Mosqueiro.


O vice-presidente da Câmara, vereador Adalberto Aguiar, que propôs e presidiu a audiência realizada na terça-feira, 28, avaliou como “lamentável” as explicações do diretor interino de Transporte da Companhia de Transporte de Belém (CTBel), Paulo Serra, que defendeu a CTBel e a PMB afirmando que “é difícil contratar o serviço para a Ilha, pois não há interesse por parte das empresas em fazer o transporte em Mosqueiro, devido à concorrência com o transporte ilegal (perueiros)”, diz. “Lamentavelmente o representante da CTBel não tem autonomia para falar pela CTBel e responder os questionamentos levantados neste debate”, criticou Adalberto.
Diante de inúmeras reclamações e denúncias dos moradores de Mosqueiro, Serra afirmou que a companhia vai intensificar a fiscalização da atuação da empresa contratada para fazer o transporte na Ilha. Segundo Serra, a empresa deveria dispor de 14 ônibus para o serviço, mas esse número é contestado pelos moradores. Há ainda denúncia de que há perueiros dentro da própria empresa. Essas denúncias serão apuradas na CPI a ser proposta pelo vereador Augusto Pantoja.
Denúncias
A população presente à audiência denunciou também que a CTBel não tem condições de fiscalizar a atuação da empresa de transporte, que segundo contam os moradores, dispõe veículos em “péssimas condições de circulação”. Eles dizem que a CTBel se limita a realizar apreensões do transporte alternativo, o que acaba prejudicando a população. Outra informação contestada pelos moradores é da existência de passagem única na linha de integração entre o Furo das Marinhas e o Terminal de Integração de Carananduba. “Não prática não existe esse sistema de bilhete único em Mosqueiro”, disseram os moradores.
O vereador Adalberto Aguiar, que propôs e presidiu a audiência realizada na terça-feira, 28, defende a regularização do transporte alternativo. “Na Ilha de Mosqueiro há grande dificuldade de se gerar renda. A regularização destes trabalhadores seria um ponto positivo para que o cidadão do distrito tenha independência financeira sem precisar se deslocar para o centro de Belém”, avalia. “A população não pode ser prejudicada. Não pode ficar sem transporte. Se o transporte regularizado não consegue atender, parece-me viável a regularização do alternativo”, indigna-se Aguiar.
Adalberto também recebeu denúncia contra a atuação da polícia na ilha de Mosqueiro, tanto civil quanto militar. O mandato do vereador irá encaminhar ofício ao secretário de Estado de Segurança Pública reivindicando a realização de rodízio entre os policiais a serem lotados no distrito de Mosqueiro.
Emancipação
“O descaso por parte do poder público, não apenas com os serviços de transportes, mas em relação à saúde, educação, segurança pública, saneamento, pavimentação, geração de emprego e renda, entre outros problemas, vem suscitando cada vez mais o sentimento de emancipação de Mosqueiro, transformando o distrito em cidade”, avalia Adalberto Aguiar.
“Nosso mandato apoia a iniciativa de se fazer uma consulta popular para verificar o sentimento do povo no sentido de tornar Mosqueiro um município. É uma forma da Ilha buscar suas melhorias, verbas para infraestrutura e autonomia para alcançar o seu desenvolvimento”, argumenta Aguiar.
A audiência pública do transporte de Mosqueiro surgiu noutro debate na Ilha, uma audiência realizada no dia 10 de junho que discutiu os problemas relacionados à saúde, educação e segurança pública.

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