Parabenizo os
companheiros dos Correios pela disposição de luta nesta data-base, pelos 28
dias de greve que resultou em reajuste salarial e aumento real nos salários.
Mas também gostaria de lamentar a atitude equivocada do Judiciário que acabou
penalizando a categoria determinando desconto de sete dos 28 dias parados.
Avaliamos que o Tribunal
Superior do Trabalho poderia ter buscando formas alternativas, como a
compensação das horas, evitando o desconto nos salários, visto que vivemos
tempo de consolidação da democracia em nosso País e não é justo castigar
trabalhadores por fazerem greve.
Infelizmente, nos
tempos atuais, em que se vive uma crise econômica mundial, existe grave crise
de emprego, com precarização de salários e demais condições de trabalho. Essa
conjuntura resulta no enfraquecimento da luta sindical e organização das categorias
de trabalhadores, impõe imensa dificuldade de mobilização.
Mas ainda assim, a
categoria dos Correios foi para o enfrentamento mostrando sua força e
organização. O reajuste salarial fixado pelo TST foi de 6,87%, retroativo a 1º
de agosto, além de aumento real de R$ 80,00 com validade a partir de 1º de
outubro. Os índices já faziam parte da proposta negociada entre Correios e
sindicato.
As cerca de 185 milhões
de correspondências que ficaram represadas devido a greve, em todo o país, hoje
começaram a ser entregues. A previsão é que, retomado o trabalho na empresa,
elas sejam normalizadas dentro de uma semana.
Temos ligação estreita
com a categoria dos Correios. Em 2003, no nosso primeiro mandato de vereador,
conseguimos liminar garantindo a gratuidade dos carteiros no transporte
coletivo. Na época lutamos junto com o então presidente do Sindicato dos
Correios, Célio Milhomem. Tenho atuação sindical, fui dirigente dos
Urbanitários, quando eu era da Celpa. Só com luta o trabalhador consegue
avançar em seus direitos. Contem com a gente!
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