segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Projeto de reestruturação do Centro Comercial não agrada camelôs

Na quinta-feira, 8 de setembro, eu e a equipe do mandato percorremos cinco pontos de vendas de ambulantes no centro comercial de Belém. O objetivo foi verificar a opinião dos trabalhadores do mercado informal estão de acordo com o destino dado a eles pela Prefeitura Municipal de Belém no projeto de reestruturação do Centro Comercial.

Iniciamos a visita pelo Largo da Palmeira, onde encontramos inúmeros boxes fechados. Segundo trabalhadores do local, o motivo do abandono são vários, que vão desde a total falta de atrativo para os compradores, lixo, sujeira, até o insuportável calor no local. “Os donos desses boxes fechados estão com suas bancas em outros locais aqui no comércio”, garante Nazaré Alcântara, trabalhadora do local.

De lá estivemos na Praça Barão do Guajará, para onde foram remanejados parte dos ambulantes da avenida Santo Antônio. Altair Lobato, da Associação dos Trabalhadores do Centro Histórico de Belém, disse que depois de três meses de negociação frustrada com a Secretaria Municipal de Economia (Secon), eles resolveram pedir mediação do Ministério Público do Estado. Altair disse que o local para onde foram remanejados ainda não é o ideal, faltando ainda cobertura.

Na Praça Barão de Belém, conversamos com a trabalhadora Maria dos Anjos. Ela lamentou o fato de os ambulantes não serem recebidos pela Secon. “Dos 99 espaços de vendas, aqui 80 são de mulheres, ainda assim nunca conseguimos um banheiro pra cá”, critica Dos Anjos. Ela solicitou que a PMB cedesse o uso da cabine localizada no meio da praça para servir de administração da feira, mas nunca obteve resposta. Dos Anjos também criticou o lugar onde foram colocados os remanejados da Santo Antônio. “Lá é para matar o camelô e não para botar o camelô”.

No lugar onde funcionará o shopping Real, na Santo Antônio, prédio que abrigou o Banco Real, a obra está a passos lentos, sem previsão para entrega. Um dos locais mais caóticos é o chamado “Espaço 28” lugar na Vinte e Oito de Setembro, próximo à Presidente Vargas. Lá deveriam estar 60 trabalhadores, mas devido o lugar não oferecer estrutura, apenas cerca de 20 camelôs se instalaram no ‘Espaço’. “Na Santo Antônio vendíamos cerca de 100 reais por dia, aqui, não vendemos nem 20 reais”, reclama Aluísio Brandão. “Além disso, somos obrigados a pagar 3 reais por dia de depósito”.

1 comentários:

LABORATORIO DE DEMOCRACIA URBANA “Cidade Velha-Cidade Viva” disse...

A "programaçâo" do territorio em Belém é um fato desconhecido. Os absurdos que vemos são dignos de nota:
Como fazer 99 espaços de venda sem prever um banheiro que seja...
De novo um shoping (Real) em pleno centro histórico? E o aumento de transito veicular, ninguem se preocupa?

Onde estamos? Como é q isso se repete sempre?
É uma pena.

Dulce Rosa Rocque

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